A Falta de Uniformidade
nas Assembleias
Em primeiro lugar, como cada assembleia
de Irmãos Abertos é inerentemente independente, sendo deixada a si mesma em
todos os assuntos, princípios e práticas variam de uma assembleia para outra. Assim,
cada assembleia tende a ter um caráter e uma ordem diferentes. Em alguns casos,
é sutil, mas em outros é bastante significativo. A diversidade varia desde o
tipo de reuniões realizadas até o padrão de santidade usado na recepção. Lenta,
mas seguramente, as assembleias de Irmãos Abertos se desviaram em pontos de
vista polêmicos sobre recepção, uso de instrumentos musicais nas reuniões, uso
ou não de coberturas de cabeça etc. O resultado é que as reuniões de Irmãos Abertos
geralmente não têm uniformidade de localidade para localidade, e de um país
para outro. Hoje, as diferenças entre o braço “conservador” (os Salões) e o
braço “liberal” (as Capelas) são mundos separados.
Reunir sob princípios da Escritura,
confere um certo grau de imunidade contra esse desvio. Quando o Espírito de
Deus reúne crentes para o nome do Senhor Jesus Cristo, Ele os coloca “reunidos”
juntos (Mt 18:20). Se o Espírito de Deus receber o Seu devido lugar como
Presidente nas assembleias, Ele produzirá unidade de doutrina e prática. As
assembleias terão uma uniformidade singular, sendo universalmente “unânimes
e a uma boca” (Rm 15:6 – AIBB).
De acordo com isso, Paulo ensinou e
incentivou a uniformidade em todas as assembleias (1 Co 1:2). Na Igreja primitiva,
havia um padrão comum de doutrina e prática para todas as assembleias.
Ele poderia dizer: “... como
por toda a parte ensino em cada igreja” (1 Co 4:17). Havia também um
padrão comum de conduta, independentemente da cultura. Ele disse: “É
o que ordeno em todas as igrejas” (1 Co 7:17). Havia também uma maneira
comum de as irmãs reconhecerem a liderança na nova criação, em oração e
profecia, expressa no uso de coberturas de cabeça. A esse respeito, Paulo
disse: “nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus” (1 Co 11:16).
Havia uma ordem para o ministério público da Palavra nas assembleias.
Como o Espírito de Deus estava lá no meio, usando os dons presentes, havia uma
uniformidade de ordem divina nessas reuniões. Ele disse: “como em todas as
igrejas dos santos” (1 Co 14:33). Finalmente, havia um uso comum para
os fundos acumulados em suas coletas. Paulo disse novamente: “... o mesmo que ordenei às igrejas” (1
Co 16:1-3; Rm 15:25-26). Sua grande responsabilidade era que as várias
assembleias locais, onde quer que estivessem na Terra, praticassem as mesmas
coisas quando se reunissem – quer fosse para adoração ou para ministério.
Andar juntos em uma comunhão universal
tende a incentivar a uniformidade de uma reunião para outra. Na Escritura,
descobrimos que, quando novas reuniões foram estabelecidas no verdadeiro
terreno da Igreja, elas não se reuniam da maneira que desejavam, mas seguiam a
ordem nas assembleias que já existiam. Diz dos crentes de Tessalônica: “Pois
vós, irmãos, vos haveis feito imitadores das igrejas de Deus em Cristo Jesus
que estão na Judeia” (1 Ts 2:14 – AIBB). Isso mostra que havia consistência
e uniformidade de uma assembleia para outra naqueles dias – e deveria haver
hoje.
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