Uma Provisão Divina para
o Dia de Ruína
Nosso objetivo ao mencionar um
testemunho remanescente é mostrar que Deus fez uma provisão graciosa para nós
neste dia de ruína. Ao recorrer a essa posição na Cristandade, ainda podemos
praticar toda a verdade de Deus – incluindo a verdade do “um só corpo”. E, ao fazer isso, não precisamos
comprometer nenhum princípio e partir o pão com os Cristãos que são
contaminados por suas más doutrinas e más práticas. Os irmãos reunidos para o nome
do Senhor desde o início de 1800 ensinaram isso; não é uma ideia nova, embora
evidentemente incompreendida pelos Irmãos Abertos.
Embora não possamos praticar a verdade
do “um só corpo” com todos os membros do corpo de Cristo hoje, ainda
podemos nos reunir no princípio do “um só corpo”. Para praticar essa verdade, o Senhor não precisa ter todos os Cristãos
do mundo se reunindo para fazer isso – embora seja Seu desejo; isso pode ser
feito em um testemunho remanescente. O próprio significado da palavra
“remanescente” implica que nem todos estão lá. Na prerrogativa e graça divinas,
Deus está tomando alguns aqui e alguns ali, e os reunindo para nome do Senhor,
para que esse testemunho remanescente continue até que Ele venha.
A manutenção desse testemunho hoje é uma
obra soberana de Deus. Isto é visto na observação do Senhor à igreja de
Filadélfia: “O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3:7).
Nenhum homem ou demônio pode impedir sua continuidade, embora possa parecer que
atua com muita debilidade. Por mais humilhante que seja, Ele não precisa de
ninguém daqueles que reuniu, independentemente de quão talentosos possam ser.
Se não queremos estar lá e deixamos de nos reunir, o Senhor reunirá outras
pessoas para que esse testemunho remanescente continue até a Sua vinda.
Vamos dizer de novo; Deus deseja que
todos os membros do corpo de Cristo estejam juntos em comunhão prática – sejam
católicos ou carismáticos, etc. (Ef 4:1-16). Esse é o Seu ideal. Mas como a
ruína está em toda parte no testemunho Cristão, e há muita confusão e
corrupção, a Palavra de Deus indica que devemos tomar uma posição de separação
da desordem e praticar a verdade em um testemunho remanescente.
Os livros de Esdras e Neemias
tipicamente ilustram os princípios de testemunhos remanescentes, pois aqueles
naquele tempo eram remanescentes do povo de Deus em Israel. Em Esdras 6:16-22,
vemos que quando eles retornaram ao local designado pelo Senhor (Jerusalém),
eles ofereceram uma oferta pelo pecado “por todo o Israel” (v. 17),
mesmo que todas as tribos não estivessem lá. Isso mostra que eles sentiam o
fracasso geral do povo de Deus e assumiam sua parte nele. É significativo que a
oferta tivesse “doze bodes, de acordo com o número das tribos de Israel”. Isso mostra que, mesmo após 500 anos
da triste divisão das tribos sob Jeroboão, o remanescente que havia retornado
ainda tinha a nação inteira em seu coração. Eles ainda mantinham o pensamento e
o propósito de Deus para as doze tribos de Israel, para que se reunissem como
um no centro divino – Jerusalém.
O ponto a ser observado aqui é que,
embora nem todas as tribos estivessem lá, isso não impediu aqueles que estavam
de estabelecer “os sacerdotes nas suas turmas e os levitas nas suas
divisões, para o ministério de Deus, que está em Jerusalém; conforme ao
escrito do livro de Moisés.” (v. 18). Eles ainda foram capazes de praticar
a verdade como está escrita na Palavra de Deus. Eles “celebraram a Páscoa” e
“a festa dos pães asmos” da maneira prescrita (vs. 19-22). Eles até
praticaram a separação bíblica daqueles que – embora fossem israelitas – foram
contaminados na terra.
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